No que diz respeito à preservação do meio
ambiente, a conservação das fontes de água, esse elemento vital, a
perpetuação das espécies, requer uma atenção especial no planejamento de
medidas para redução do consumo, e de uma boa gestão dos recursos hídricos e
otimização do uso da água.
Vários são os fatores que tornam preocupantes
a má gestão da água:
· A probabilidade dos países desenvolvidos que
possuem melhores condições financeiras, e, portanto, maiores possibilidades
de investimento em reservatório, barragens e outras tecnologias que facilitam
o acesso da população a água, favorecendo assim uma maior precipitação de
chuvas;
· O estresse hídrico caracterizado pela falta de
água em determinados momentos do ano;
·
E pelas escolhas prioritárias no uso da água.
Para melhoria da qualidade da água e purificação
da mesma, é de fundamental importância devolver aos sistemas fluviais os seus
caudais naturais, gerir a irrigação, utilizar produtos químicos e resíduos
animais, e travar a poluição atmosférica.
O consumo consciente deste recurso também é fato
relevante e nos leva uma mudança de postura. Fechar a torneira enquanto
escovamos os dentes, fechar o chuveiro enquanto tomamos banho, controlar o
gasto na lavagem de pratos, não fazer a mangueira de vassoura, enquanto
lavamos as calçadas são medidas simples que podem minimizar escassez futura.
Outra medida que facilitaria a vida de todos
seria o reuso da água. Aproveitar águas da chuva, de um poço artesiano ou mesmo
a água que desce o ralo, com certeza incentivaria a autonomia de suprimentos,
bem como o uso racional da água com certificação de qualidade.
A instalação de um sistema de reuso pode
significar em economia de até 70% de água no processo produtivo, e se 10% das
indústrias adotassem a reutilização da água, a economia seria equivalente à
metade do volume gasto na grande São Paulo em um dia (1,6 bilhões de m³).
Essa técnica não chega nem a 1% das instalações
no Brasil e encontra uma barreira cultural, pois ainda não se confia no
sistema de tratamento não proveniente das empresas oficiais. Mesmo assim,
devemos lembrar que a água encanada também apresenta contaminações ou excesso
de cloro, por exemplo, o que leva ao uso de purificadores pelo consumidor
final. Então devemos acabar com essa barreira para este excelente sistema.
O bombeamento excessivo da água subterrânea está
causando declínio dos lençóis freáticos em regiões agrícolas chave na Ásia,
África do Norte, Oriente Médio e Estados Unidos. A qualidade da água também
está deteriorando-se devido ao escoamento de fertilizantes e pesticidas,
produtos petroquímicos que vazam de tanques de armazenagem, solventes
clorados, metais pesados despejados pelas indústrias e lixo radioativo de
usinas nucleares.
Se não atentarmos para os perigos que a falta de
água poderá nos causar, podermos passar por privações irreversíveis.
O tema em questão exige uma tomada de consciência
a cerca do uso indevido e desmedido que estamos fazendo deste recurso senão
as gerações futuras serão prejudicadas em potencial, pois desfrutarão dessa
semente má que estamos permitindo que germine.
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Autoria:
Jovita Ribeiro